sexta-feira, 28 de agosto de 2009


A pequena ilha de Surtsey emergiu do oceano em novembro de 1963. Em quatro anos, o pequeno pedaço de terra fumegante situado 32 quilômetros ao sul da Islândia alcançou uma área de 2,65 quilômetros quadrados. Seu ponto mais alto estava 175 metros acima do nível do mar.

Quando Sveinn Jakobsson, um geólogo islandês que tem monitorado Surtsey por 40 anos, pôs os pés pela primeira vez na ilha Surtsey, a cratera de Surtungur, a oeste, cuspia lava dentro de um grande e brilhante lago vermelho fluindo para o mar. Era junho de 1964. A recém-nascida ilha havia expelido cinzas vulcânicas, fumaça e vapor no céu da região pelos sete meses anteriores.

Surtsey é a única ilha vulcânica do mundo a ser tão cuidadosamente estudada desde seu primeiro dia. Pouco depois de Surtsey emergir do mar, algas e materiais orgânicos se acumularam na costa, alimentando microrganismos como fungos e bactérias. Enquanto isso, o vento e o oceano transportaram as primeiras sementes para a costa. Vegetais tipicamente litorâneos, como arenárias marinhas, gramas de dunas e "barbas-de-cabra", se espalharam progressivamente na areia e no substrato de piroclasto. Em 1970, os primeiros pássaros marinhos, o fulmar-glacial (Fulmarus glacialis) e o airo-de-asa-branca (Cepphus grylle), começaram a procriar nos penhascos de Surtsey. Quatro anos mais tarde, as primeiras gaivotas marinhas fizeram ninhos na ilha. Elas começaram a arrancar plantas nativas para construir seus ninhos nas dunas que estavam se formando, o que estimulou o desenvolvimento das plantas. As gaivotas foram, assim, os primeiros pássaros a reproduzir-se em meio às areias e cinzas de Surtsey. Elas também transportaram sementes de novas espécies de plantas para a ilha e fertilizaram o solo com seus excrementos.

A ilha, cujo nome vem de Surtur, o deus do fogo na mitologia islandesa, recomeça a acender o interesse geral.

É muito importante estudar essas características do mundo natural. Com esses estudos podemos achar respostas sobre as formações da vida. E saber que a Terra sempre está evoluindo em constante dinâmica.


Postado por: João Pedro Moraleida
Reportagem descoberta por: Marcello Vilamea
Por Texto: Marcello Vilamea

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